Festival de contusões, Fox mostra a sua força e Escobar vai para a Xícara

Grupo A

Tequilleros 1 x 3 Ceifador

Um grande alvoroço feminino se ouviu no estádio ao ver a escalação do Ceifador. Chitão Neu estava em campo. Irritado com o assédio ao rival, Frederico Encarnação fez um gol relâmpago, aos 2’. Dessa forma, as atenções voltaram para o jogo propriamente dito. Mas Chitão Neu é Chitão Neu. Após confusão dentro da área, o matador empurra a bola para o fundo das redes. Empate do Ceifador. A felicidade do visitante ainda aumenta, pois Adamastor Carletti surpreende a todos e resolve brincar de justiceiro. Ele arrancou uma das bandeirinhas e correu atrás do juiz discordando da marcação de uma falta. Jogador que surta vai para o chuveiro mais cedo, o árbitro não quer nem saber. Prejuízo para o Tequilleros. Mesmo com um a menos, o placar não se alterou mais no 1º tempo. No início da segunda etapa vemos a mais importante decisão do jogo. O técnico do Ceifador percebeu que Peter van Hoogendorp estava muito longe da área e pediu para que o atacante jogasse mais perto do gol. E a orientação deu resultados: o holandês fez dois gols e colocou o visitante na frente do placar. Tequilleros até que tentou modificar o panorama do jogo, mas suas substituições não surtiram o mesmo efeito da instrução do técnico rival. Final de jogo, Ceifador ainda líder e Tequilleros amargurando a lanterna do grupo A.

Lambança 0 x 0 Cubo

A chuva não deu trégua no sul do país na noite de quarta. Muitos torcedores nem foram ao estádio, pois preferiram dormir em casa. Como que contagiados pelo ambiente, os jogadores praticamente nem entraram em campo durante o 1º tempo. Mesmo com toda essa letargia, Cubo necessitou fazer uma substituição em função de contusão. Quando o juiz apontou o centro do gramado já se podia imaginar o que aconteceria. Os dois técnicos, com cara super amarrada, chamando seus jogadores para o vestiário. A bronca foi geral. Não se sabe exatamente os termos falados, mas a segunda etapa foi totalmente diferente. Logo no início foram feitas várias substituições, tentando dar um ânimo novo na partida. O ataque do Cubo começou a ser acionado com perigo, obrigando Betinho Balde, que estava numa noite inspirada, a fazer defesas salvadoras. Em duas ocasiões ele livrou a zebra de tomar gol. E, quando não conseguiu tirar a bola com as mãos, a tirou com o olhar. A torcida viveu momentos tensos quando, aos 88’, Balde se machucou e precisou sair de campo. Como se não bastasse ficar sem a estrela do jogo, Lambança também ficaria com um jogador a menos, já que havia feito todas as substituições. Porém era tarde demais pra qualquer mudança de placar. Cubo 0 x 0 Betinho Balde.

Diagonal 0 x 5 Fox

Outro jogo em que os catetos estavam apreensivos. E eles estavam cobertos de toda razão. Fox entrou em campo com força máxima, disposto a não dar a menor chance para o time da casa. O massacre começou logo aos 8’, com um golaço de Juan Bautista Manso. O Diagonal até teve uma chance para empatar a partida, mas o chute de Júlio Pousada acertou a trave. Por azar, o lance originou um contra-ataque e Manso não perdoou, fazendo outro gol. Apesar de estar à frente do placar, Fox resolve alterar o esquema, passando dos 3-5-2 para o 2-5-3, aumentando ainda mais o seu poderia ofensivo. Resultado, novo gol, dessa vez dos pés de Stilianos Lampropoulos, aos 40’. O campo começou a ficar ainda mais encharcado e os jogadores começaram a derrapar, entrando rispidamente em muitos lances. Dessa forma não poderia dar outra: Júlio Pousada, do Diagonal e Manso saíram carregados na maca e precisaram ser substituídos. Vendo o estado do gramado e temendo novas lesões, o juiz apitou rapidamente o final do 1º tempo, sem dar o menor acréscimo. Segundo tempo. Aos 64’, Salvatore Della Casa, nova contratação da raposa, mostra todo o seu oportunismo e amplia o marcador no seu jogo de estreia. Com o placar amplamente favorável, Fox esfria o jogo e passa a administrar a partida, criando chances esporádicas. Numa delas, Tadeusz Olszanowski aproveita e decreta o resultado final, 0 x 5 para o visitante. Diagonal ainda teve uma chance no final da partida, mas a bola foi parar acima do gol. A torcida visitante faz a festa, satisfeitíssima com o desempenho do seu time titular e já sonhando com o título.

Grupo B

Arkantos 2 x 1 Escobar

A chuva torrencial certamente afetou o gramado do Warriors Arena, pois os jogadores estavam escorregando muito e praticamente não conseguiam finalizar os lances criados. Num desses lances, uma bola inofensiva desvia no gramado e obriga Kastus’ Mazanau a fazer uma grande defesa, para alívio da torcida local. Era visível a preocupação dos arkantianos com Berker Eda, que notavelmente tem seu desempenho melhorado na chuva. Mas, o time se esqueceu que o Escobar tem outros jogadores perigosos. Aos 40’, Bjorn Hansen encontra um espaço no meio da defesa do Arkantos e abre o placar. Entretanto, não há muito tempo para comemorar. Três minutos depois há o empate, através de um lindo chapéu de Ding Xingde. E assim acaba a primeira etapa, sem domínio de campo para nenhum time. O início do 2º tempo foi movimentado, com chances desperdiçadas para ambas as equipes. Porém, o visitante tinha mais chances. Vendo isso, o técnico do Arkantos resolve modificar o esquema, passando a adotar o 2-5-3. De quebra, também faz todas as substituições permitidas. A melhora é perceptível e Arkantos perde a chance de virar. Aos 82’, a tensão. Um lateral se machuca e precisa sair, desfalcando o time. Há um silêncio de aflição no estádio. A torcida nem respira quando vê Paul Lupulescu invadir a área e fazer o gol salvador aos 87’. Virada do time da casa. Escobar ainda tenta alterar a situação, fazendo as três substituições e passando a jogar no 3-4-3, mas não há tempo para mais nada. O placar suado permite a disputa do Arkantos pela liderança do grupo, ao mesmo tempo em que tira qualquer chance de classificação para o visitante.

Major Payne 2 x 1 Arranca Baço

Dessa vez foi o Major a enfrentar a consistente muralha do time visitante. O mandatário estava disposto a manter a excelente média de gols e partia com tudo para o ataque. E, se não fosse por Antons Prucoli, arqueiro do Arranca, certamente isso teria se mantido. O guarda-metas fez duas importantes defesas ainda no início do jogo, mostrando que o objetivo não seria facilmente cumprido. Arranca até poderia ter feito o gol em seguida, mas a bola não levou nenhum perigo a gol. A torcida local entoa o hino do clube, enviando forças ao time. Animado com o apoio, Major finalmente acerta o alvo. E em dose dupla. Alessio Vendrame (28’) e Floris Grond (38’) fazem os gols e vão comemorar junto à torcida. Depois disso, Major apenas administra o jogo e espera o apito do juiz. Começa a segunda etapa e, apesar da chuva que não dava nenhuma trégua, o jogo ficou mais franco. Era um toma lá dá cá. Major atacava, Arranca revidava. Até, que aos 72’, Osías Brito Costa consegue diminuir o marcador. A torcida do Major já estava nervosa com o placar e queria logo o final da partida. A situação começava a ficar tensa. Porém, nada é ruim que não possa ficar pior. Aos 76’, Ílbay Mayda, num lance sem bola, deu uma violenta cabeça num jogador adversário, à Zidane, e foi expulso. Intensas vaias ecoaram da Gruta. Com um jogador a mais, Arranca passa a pressionar pelo empate e consegue uma excelente chance cara a cara com o goleiro, mas este faz uma defesa salvadora e é ovacionado pela torcida. Final de jogo. Arranca lamenta a derrota, mas também está classificado para as quartas-de-finais.

Partenon 2 x 2 Tubarão

O Gigante do Partenon foi palco de um jogo bastante disputado, onde o meio-campo e as chances de gol foram equilibrados. A primeira chance de gol veio com o Tubarão, aos 5’, mas a bola foi para fora. Partenon responde em seguida. Murilo Renault recebeu a bola, cortou os zagueiros e chutou rasteiro. A bola ainda bateu na trave antes de entrar. 1 a 0 Partenon. Apesar do placar favorável, o time helênico não se acomodou e teve nova chance, que dessa vez não foi aproveitada. Como consequência, Tubarão passou a atacar e obteve seu gol, nos pés de Vergiliu Turcin. E assim termina o 1º tempo. Duas chances e um gol marcado para cada time. A segunda etapa começa como a primeira, com o Tubarão tomando a iniciativa do jogo e tendo a primeira chance, porém sem perigo real de gol. Novo ataque para o visitante e, dessa vez, a bola não é desperdiçada. Francesco Gelso driblou dois zagueiros e finaliza com precisão. Virada para o Tubarão. O técnico do Partenon não pensa duas vezes e faz uma substituição, tentando reverter a situação. O time se anima em campo e parte para o ataque. Murilo Renault, em grande jogada, carrega a bola na entrada da grande área com paciência, espera uma posição favorável e chuta. Gol do empate, delírio da torcida e samba na arquibancada. Termina o jogo. Tubarão marca seu primeiro ponto na competição e Partenon se mantém na zona de classificação para a próxima fase.

Artilheiros:

Depois das últimas rodadas, voltamos a ter apenas um nome na artilharia isolada do campeonato.

Osías Brito Costa (Arranca) – 4 gols

Adrian Giraudon (Major) – 3 gols

Alessio Vendrame (Major) – 3 gols

Chitão Neu (Ceifador) – 3 gols

Floris Grond (Major) – 3 gols

Magdaleno Lisperguer (Arkantos) – 3 gols

Murilo Renault (Partenon) – 3 gols

Pedro Miguel Chiapeta (Arkantos) – 3 gols

Yohan Barthélémy (Ceifador) – 3 gols

Destaque da 4ª rodada:

Com duas excelentes defesas, Betinho Balde foi diretamente responsável pelo empate sem gols do Lambança contra o Cubo, ajudando a zebra a somar um ponto.

Antons Prucoli, goleiro do Arranca, também fez duas intervenções precisas, porém seu time não obteve o mesmo êxito da zebrinha. Em relação aos artilheiros, Peter van Hoogendorp (Ceifador), Juan Bautista Manso (Fox) e Murilo Renault (Partenon) também brilharam, fazendo dois gols cada.