No grupo em que tudo estava decidido, Rolinho passa fácil pelo Cubo (1x4). Ceifador e Taquaraço empatam (2x2) em partida de despedida eletrizante.
Escobar vence Millenium (3x1). No jogo da touca, deu Kickers: chocolate e 4x0 contra o Bagre, digo, Tubarão.
Diagonal faz sua parte e goleia Partenon (1x4). Na partida que decidia tudo, Saffier faz a lição de casa ao ganhar fora do Major Payne (1x3).
Semifinais: Rolinho x Arsenal Tubarão, Kickers x Saffier.
Partenon 1 x 4 Diagonal
Difícil definir o sentimento dos torcedores do Diagonal que se dirigiam ao Gigante do Partenon. Alguns demonstravam uma tênue esperança na classificação improvável às semis. Outros, queriam apenas prestigiar até o fim e aplaudir os jogadores pela boa campanha no grupo tecnicamente mais equilibrado do torneio.
Ambos times apostaram no tradicional 3-5-2. O Partenon veio com uma equipe bastante descaracterizada, com uma defesa assimétrica pouco vista nos jogos desse campeonato. Já o Diagonal apostou numa defesa de velinhos (média de 33 anos) e um meio de juniores (média de 19 anos).
E não é que os reservas do time da casa não fizeram feio no primeiro tempo? O técnico do Diagonal incrivelmente não via o buraco no lado esquerdo da defesa do Partenas, e apesar do maior volume de jogo, o seu time ia marcando passo e empatando em 0x0 com o pior time do grupo.
Mas tudo mudou após No segundo tempo, enquanto os locutors faziam piada do físico galináceo do xodó Liberatori do Partenon, Al-Rashid tratou de mostrar o porquê ele é a grande aposta de craque das futuras edições do torneio. Mesmo abdicando de atacar pelo lado em que não havia zagueiros, ele marcou dois gols e meteu uma assistência incrível para mais um. Pelo outro lado, não dá para desprezar o esforço que o imperador dos Xés e Xecas está fazendo para melhorar o nível de sua equipe reserva. Talvez na próxima edição do torneio o time B do Partenon consiga quem sabe beliscar um empate (claro, se cair no grupo do Millenium). Brincadeiras à parte, aposto que a renovação dará resultados logo logo.
Major Payne 1 x 3 Saffier
Um empate garantia o Saffier nas semi-finais. Major já não disputava nada na competição. Jogo de comadres? Claro que não. Major voltou a utilizar sua marca registrada, o 5-3-2 com contra-ataque. Mas dessa vez, com alas e apenas Piznal no meio contra Piechowiak e Oller. A aposta é que os 5 zagueiros seriam suficientes para segurar o ataque 20 estrelas de 3 atacantes do Saffier. Ou seriam 4? A organização do torneio registrou os gêmeos siameses "Tadeus" como apenas um jogador. Sorte do Saffier, que ataca com 7 pernas.
O time visitante apostou no seu característico 3-4-3. Mas dessa vez, sem os pivetes no ataque. Aliás, força praticamente máxima. Em parte pelo amistoso de Domingo ter sido contra um bot. Mas em grande parte por ser o jogo da classificação. E ela ficou ainda mais perto aos 14 minutos de jogo, ao abrir o placar. A defesa (reserva) do time da casa não conseguia vantagem o suficiente para engatar contra-ataques. Ocorreu apenas um durante o primeiro tempo. No resto, as chances foram do Saffier.
No segundo tempo, vimos um jogo de muitas alternativas táticas. Saffier começou dando sangue novo em uma ala e em uma lateral. E justamente o ala que acabara de entrar quase ampliou, mas exagerou na fírula ao tentar dar um chapéuzinho no goleiro. E no futebol, a banca paga mas a banca também recebe. Piznal recuperou a bola e foi indo com a bola em contra-ataque, indo, indo, e iu. Driblou goleiro e tudo. Dois minutos depois, Diagonal abria o placar no Gigante do Partenon, e nessa altura o campeonato pegava fogo. Bastava um gol do Major para classificar o time dos bonzinhos.
Daí começou o show de ordens táticas. Saffier "desrecuou" Grond, depois Manso, buscando maior força ofensiva para voltar a frente do placar. Abramovich botava a língua de fora por causa do calor. Mas quem saiu para a entrada de Peš foi Oller, aos 15 do segundo tempo, gastando a última substituição do time visitante. E deu certo. Dois minutos depois, Tadeusz Olszanowski da esquerda desempatou a peleia. Major respondeu instantaneamente, substituindo Cáceres. Mas ai o atacante siamês acabou marcando outro. Dessa vez foi o gêmeo da direita. Como fica a contagem pela artilharia?
Aos 29, a ousadia. Major tirou Piznal e deu o meio campo de presente. 5-2-3 com 2 alas, a famosa tática "SrBiscoito". Mas a zaga do Major não conseguiu produzir mais nenhum contra-ataque, e o jogo acabou mesmo 1x3. Saffier classificado, sem surpresas.
Escobar 3 x 1 Millenium
Este jogo ficou na história da rodada como “o jogo que nada decidia”. Mesmo longe dos olhares do G4 da Copa Falcão este jogo teve suas particularidades. A. A. Escobar é um time superior, mas neste dia ele foi escalado de maneira displicente, enquanto Millenium vinha com um time organizado, um basicão. O esquema 5-3-2 nunca fora tão utilizado quanto nesta versão da Copa. Agora com Escobar e durante toda ela com o Major, temos um bom laboratório para análises.
Escobar escalou o “Esquadrão Classe B” para este jogo (risadas de Mr.T, o dele era Classe A). O Esquadrão Classe B do Escobar era formado por B. Floudeur e B. Eda que juntos fizeram 3 gols fazendo a “fantástica assistência vinda da esquerda” convertida por Zack Dawe do Millenium miar e fazer cara de gatinho do Shrek. Neste caso o gatinho não usava botinhas anatômicas.
Depois do intervalo o Millenium (Brasil) demostrou um crescimento vertiginoso partindo de 45 para 46% de posse no meio campo enquanto o Escobar (Argentina) ficou praticamente estagnado. Mesmo assim não foi suficiente para uma retomada. Detaque da partida vai para B. Eda, que entrou em campo, tomou a faixa de capitão e ainda marcou o seu.
Kickers 4 x 0 Arsenal Tubarão
O jogo mais esperado do grupo. Talvez de todo o campeonato. Kickers e Arsenal Tubarão. Todos sabiam que ProfNorris estava mordido (sem trocadilhos) pela derrota na primeira fase. E que viria com tudo na revanche contra seu já costumeiro algoz. Por lado do Tubarão, era a chance de desclassificar o time mais forte da Copinha da fase final.
Jogo eletrizante? Sim. Jogo parelho? Definitivamente não. Kickers voltou a adotar o pragmático 3-5-2, enquanto o Tubarão manteve seu ataque reforçado com o 3-4-3. Foi uma tragédia. Förster e Svitnev estavam perdidos em campo. Ambos jogavam pior do que o pior dos 3 meio-campistas do Kickers.
Rovatti, Mercik, Fauchier, Soler. Os gols saiam aos borbotões. E cadê os gols dos atacantes? Lobo e Uirapuru nem precisaram suar a camiseta do maior time de todos os tempos da Copinha. O 4x0 nos primeiros 45 minutos ficou barato. E isso com apenas 4 titulares!
O segundo tempo foi uma chatice. Todos os dirigentes que acompanhavam a partida pelo canal HT-Live esperavam ver uma goleada história.
Ou pelo menos mais um gol de Naldo. O capitão bem que tentou, mas parece que é muito mais fácil ele se destacar em jogos contra equipes de menor expressão.
Fazer gols contra Millenium ou o time B do Escobar é fácil. Mas quando a defesa adversária tem um pouco mais de qualidade, o futebol do maior jogador da história do Kickers parece ter ficado no passado. Faltando 2 minutos para o final, uma derradeira chance para calar a boca do redator. Mas a bola subiu de mais. 4x0, fim de papo. E parece se aproximar o fim da linha do Tubarão. E de todos os outros times do campeonato.
Ceifador 2 x 2 Taquaraço
Ceifador realmente ceifou as esperanças do Cubo e do Taquaraço nesta Copa, colhendo suas almas. Ele também deu uma nova cara à chave C, que foi a única em que o último colocado pontuou. Ceifador tornou esta a chave a mais parelha. Nesta partida deu para ver a incrível polivalência de ADM, que jogou como lateral recuado!
O gol do Taquaraço era sempre abafados com um gol do Ceifador. Enquanto Stefan Schork aumentava sua técnica por causa do sol, Jonathan Usher reclamava que ele era muito forte para conseguir aguentar aquele solaço. Vocês perceberam o absurdo dessa ultima frase? Quem não joga Hattrick acha que a gente é um bando de loco!
Taquaraço fez dois golaços. Um driblando dois pintado por Samuel Lilleorg, e outro com chutaço cruzado carimbado por Mifael Vale. Já o Ceifador bastou colocar Aaron Gevay em campo com orientações de se aproveitar da péssima linha de impedimento. - Ge vay lá e resolve! - disse o técnico tloca letlas. E foi o que aconteceu. Mesmo assim neste momento a torcida inteira do Taquaraço comemorava a segunda colocação da chave. Mas o carrasco foi o mesmo que o do Cubo. A tristeza Taquareense teve estilo, habilidade e nome próprio: Pierre-Yves Hubert, com um bicão do meio do campo. Golaço!
Taquaraço ainda foi para um tudo ou nada trocando o esquema para 2-5-3, mas a vitória escorreu entre seus dedos como uma banana caramelada havaneira.
Cubo 1 x 4 Rolinho
Ele só pede sorvete com duas bolas, ele só ouve Marcelo Rossi e os animaizinnhos que subiam de dois em dois, ele só dirige carro flex, ele só vota na chapa 2, ele só faz gol se depois fizer outro. Qual o nome dele? Claudio Benítez. Ele repetiu a dose durante toda a Copinha. Foi na primeira, na terceira e nesta rodada. Nunca apenas um gol e nunca hattrick, sempre 2. Se ele fosse escolher entre a vida e a morte ele diria: os dois!
O Cubo Mágico fez uma leitura do ponto fraco do Rolinho. Todos sabiam da fragilidade das laterais, mas outro ponto mais gritante eram os goleiros. O Rolinho sempre alterna entre I. Pinedo, ruim, e R. Leme, péssimo. É só chutar e fazer gol! Muito bem observado, porém o que o Cubo não sabia é que pior que os goleiros do Rolinho é a tática de “chute a longa distância”, que não serve absolutamente para nada! A tática “catar coquinho em campo” daria mais resultado.
Trazido a peso de migalha especialmente para disputar uma chave com dois dirigentes Diego o goleirão Diego Cuerno do Cubo jogou a partida toda não entendendo porque todos gritavam o nome dele. Se achando o máximo e empolgado com o apoio da torcida fez uma partida excelente como pior em campo.
- Que passo? - caraminholava Diego Cuerno sob a melodia mental de “Mamut Tiquito”.